O último sábado de maio marcou a terceira ida dos voluntários do projeto Mulheres e Meninas (m.m), da Igreja Presbiteriana Chácara Primavera, ao Formiguinhas Solidárias, um grupo de apoio às famílias em vulnerabilidade social do Campo Belo, bairro da periferia de Campinas, conhecido pela alta criminalidade.
O encontro aconteceu na Escola Professora Luciane Ribeiro Vilela e cerca de 50 mulheres e moças assistidas pelo Formiguinhas compareceram à palestra sobre Alimentação Saudável, conduzida pela nutricionista Thalita Cremonesi P. Bachelli, voluntária do projeto m.m. A profissional falou sobre os grupos de alimentos – 1) in natura; 2) minimamente processado; 3) processados e 4) ultraprocessados – e despertou riso na plateia ao perguntar quem costuma comer miojo, salsicha, salgadinhos e bolachas recheadas.
Numa palestra didática, Thalita falou do Guia alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde e disponível para download na internet. Ela deu várias dicas e receitas, ensinou a fazer pipoca sem óleo, molho de tomate caseiro, iogurte natural e mostrou que é possível comer bem sem gastar muito. Para isso, usou como ilustração a foto de um refrigerante de 300 ml no valor de R$ 1,50. Com um pouco mais, R$ 2, a dona de casa compra quatro limões que rendem 1 litro de limonada.
Enquanto as voluntárias do m.m. cuidavam das crianças – cerca de 20 – no parquinho, as mães e moças interagiam com a Thalita, esclarecendo dúvidas e compartilhando suas receitas saudáveis. Após a palestra, elas assistiram a um teatro interpretado por Bianca Beatriz Martins Vicente de Campos sobre a vida de Rute, personagem da Bíblia que ficou viúva, mas não abandonou sua sogra Noemi a quem admirava e com quem aprendeu a amar a DEUS.

Por fim, foram sorteados brindes com alimentos, saudáveis canecas, squeezes, kits de higiene pessoal para quem esteve presente e todas elas receberam kit de absorventes, que faz parte da estratégia do projeto m.m. para combater a pobreza menstrual, termo que designa a falta de condições de algumas mulheres para realizar a higiene menstrual de forma adequada, devido à ausência de itens básicos, como absorventes, à falta de acesso à infraestrutura e serviços de saneamento básico e também à falta de informações e conhecimentos do tema.
A reunião terminou com um lanche, em que os voluntários do projeto m.m. ouviram excelentes feedbacks. “Eu não venho aqui para pegar os absorventes, eu venho porque adoro as palestras”, disse uma participante.
Sobre o Projeto m.m – É uma iniciativa de apoio ao público feminino (mulheres e meninas) em situação de vulnerabilidade social nas regiões periféricas de Campinas. O projeto m.m está sob o guarda chuva da Associação Instituto Renovo, instituição que tem por missão criar um ambiente facilitador para conectar doadores, voluntários às necessidades das organizações sociais idôneas que trabalham no contexto social da região metropolitana de Campinas.